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Durante a visita, duas fazendas chamaram a atenção. A primeira fazenda, localizada em uma região de altitude, adotou um programa de raças com 40% Jersey e 60% Holandês devido à cota da cooperativa e às características locais. Com uma produção média de 27 litros por animal por dia, o sistema de manejo era semi-confinado para os animais da raça holandesa, enquanto os Jersey eram criados em pasto. O Zootecnista Luiz Noguera compartilhou informações nutricionais e técnicas durante a visita, incluindo a introdução de Gir Leiteiro para a criação de animais F1 em regiões mais quentes.

 
A segunda fazenda, situada em uma altitude ainda maior, mantinha todos os seus animais em pasto. Com uma média de produção de 31 litros por animal por dia, a fazenda focava na venda de animais jovens e na estabilidade do plantel.


Além das visitas às fazendas, o evento também apresentou duas palestras interessantes. A primeira abordou o sistema de coleta de dados e informações VAMPP, que fornece aos produtores acesso a informações detalhadas sobre manejo, produção e genética. A segunda palestra destacou os dados de produção de leite em relação à genética, enfatizando que a raça holandesa é a que mais produz leite na Costa Rica, mesmo em regiões com climas mais quentes.

 

De acordo com o coordenador técnico da FECALAC e Diretor Executivo da Câmara Nacional de Leite da Costa Rica, Érick Montero, a América Central possui uma grande presença no setor lácteo, com quase 246 mil produtores de leite, 4,5 milhões de vacas leiteiras e mais de 322 mil propriedades rurais dedicadas à produção leiteira. A região também conta com uma capacidade de processamento industrial de mais de 1,7 milhões de litros por ano e diversas empresas lácteas.

 

A Cooperativa Dos Pinos se destaca no setor de produção de leite na Costa Rica. Fundada em 1947, reúne 1.400 produtores no país e emprega 600 trabalhadores diretos, além de mais de cinco mil indiretamente. A cooperativa produz 1,6 milhão de litros de leite por dia e oferece uma ampla variedade de produtos derivados do leite. Com exportações para 10 países, a cooperativa mantém um alto padrão de qualidade, classificando 99% do leite como de primeira qualidade.

 

Presidente da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa, Armando Rabbers, expressou sua satisfação em trocar experiências com outras associações durante sua visita às fazendas de produção de leite na Costa Rica, durante o primeiro dia do evento Holstein de Las Américas.

 

"É muito bom trocar experiências com outras associações e ver como podemos contribuir mutuamente", comentou Rabbers. Ele ressaltou a possibilidade de colaboração entre a genética brasileira e a Holstein Costa Rica para estabelecer parcerias comerciais proveitosas para ambos os países.

 

Além disso, Rabbers destacou a importância da oportunidade de divulgar a Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa. "Estamos aproveitando esse momento para conversar com as demais associações presentes e temos aprendido muito nessas trocas de ideias", acrescentou o presidente.

 

Armando Rabbers também enfatizou a diversidade do Brasil, afirmando que "o país é muito grande e que os modelos utilizados aqui podem atender diferentes regiões". Ele ressaltou a importância de explorar diferentes abordagens e formas de fazer acontecer no contexto brasileiro.

 

Com suas contribuições e participação ativa no evento, o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa reforçou o compromisso de promover o intercâmbio de conhecimentos e fortalecer os laços entre os criadores de gado leiteiro da América Latina.